tag:blogger.com,1999:blog-52888486749920833252024-03-13T12:32:05.130-05:00Umwelt .jUmwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-4101188299824581592013-01-05T20:32:00.000-05:002013-01-05T20:35:57.920-05:00cortar papéis<br />
por sua textura e estampa<br />
e deles extrair cartões e cartas<br />
pode equivaler a molhar plantas e crianças<br />
e se desviar por um instante num traço de luz<br />
que atravessa planta água criança.Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-87774684975643374352012-12-15T17:46:00.000-05:002012-12-27T18:08:38.059-05:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioZsEadW5rEpE95L9AeJF00O629l04YEUpeYz81A-pmFrmdPROGjgZ1EJ9mzlzPJcn1E7nZLpuObK4xn2pxzg7Dr0r6hT7X9sa6wKjf6_nUISWGh-7VejgKlqwltyEKl3GtGqQApXmtEs/s1600/000005.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="417" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioZsEadW5rEpE95L9AeJF00O629l04YEUpeYz81A-pmFrmdPROGjgZ1EJ9mzlzPJcn1E7nZLpuObK4xn2pxzg7Dr0r6hT7X9sa6wKjf6_nUISWGh-7VejgKlqwltyEKl3GtGqQApXmtEs/s640/000005.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
sendo uma espécie do cerrado<br />
carecia fixar no olho um ipê de saudade<br />
para deixar crescer no tempo<br />
sua altivez amarela<br />
<br />
<br />Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-32989325252052290562012-11-13T21:18:00.001-05:002012-11-13T21:42:51.782-05:00deslizo pelos pequenos espaços que guardam um pouco de silêncio<br />
<br />
em uma fresta que se prolonga entre os tacos no chão<br />
<br />
ou no oco de um miúdo fruto secoUmwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-81118745361712456522012-08-01T20:05:00.002-05:002012-08-01T20:05:27.851-05:00Acontece<br />
tantíssimas vezes<br />
quando aperto meus seios<br />
que,<br />
na redondeza de suas encostas<br />
erguem-se nos caminhos lá contidos<br />
um desejo novo<br />
que não se dissolve<br />
e que a gente chama de ter um filho<br />
<br />
<br />Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-28725211983914333322012-08-01T19:08:00.003-05:002012-09-26T21:48:09.977-05:00<br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Retire o passado e o futuro da seta do tempo. Segure os dois com a ponta dos dedos. Com lâmina afiada trace um segmento de reta na fina trama do presente e enfie passado e futuro presente adentro. Deixe </span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">que cada um cresça ao infinito decompondo o presente nos dois sentidos ao mesmo tempo.</span><br />
<br />Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-61264182246024554992012-06-26T14:46:00.001-05:002012-08-01T18:26:52.395-05:00<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><br /></span><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">, há um verde ganhando aspecto lá onde pensei que estivesse o eu</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">um esqueleto de
folha seca com o vento alcança o voo</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Courier New, Courier, monospace;">aguardo
nas fronteiras da linguagem a gestação de uma palavra</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Courier New, Courier, monospace;">que
tenha a natureza de um verbo à galope</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Courier New, Courier, monospace;">e
que se efetue no silêncio entre um e outro encontro do casco contra o chão,</span></div>
<br />
<br />Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-29192092693700275142012-05-21T11:35:00.001-05:002012-06-26T14:50:59.525-05:00<br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px;"><span style="font-size: 10pt;">...e os bichos pequenos iam se acalmando na medida em que lia Blanchot.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px;"><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px;"><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px;"><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px;"><span style="font-size: 10pt;">Princípio-ar</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px;"><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Cuprum; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Cuprum; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Cuprum; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
O tempo é capaz de um truque mais
estranho. Certo incidente insignificante, que ocorreu em dado momento, outrora,
esquecido, e não apenas esquecido, despercebido, eis que o curso do tempo o
traz de volta, e não como uma lembrança, mas como um fato real¹!,
que acontece de novo, num novo momento do tempo. Assim o passo que tropeça nas
pedras mal niveladas do pátio dos Guermantes é de repente - nada é mais súbito
- o mesmo passo, <i>não "um duplo, um
eco de uma sensação passada ... mas essa própria sensação"</i>. Incidente
ínfimo, perturbador, que rasga a trama do tempo e por esse rasgão nos introduz
em outro mundo: fora do tempo, diz Proust com precipitação. Sim, afirme ele, o
tempo esta abolido, já que, numa captura real, fugidia mas irrefutável, agarro
o instante de Veneza e o Instante de Guermantes, não um passado e um presente,
mas uma mesma presença que faz coincidir, numa simultaneidade sensível,
momentos incompatíveis, separados por
todo o curso da duração. Eis portanto o tempo apagado pelo próprio
tempo; eis a morte, essa morte que é obra do tempo, suspensa, neutralizada
tomada vã e inofensiva. Que instante! Um momento <i>"liberto da ordem do tempo"</i>, e que recria em mim <i>"um homem liberto da ordem do
tempo"</i>.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas logo, por uma contradição que ele mal
percebe, de tão necessária e fecunda, Proust diz, quase por descuido, que esse
minuto fora do tempo lhe permitiu <i>"obter,
isolar, imobilizar da duração de um raio - o que ela nunca apreende: um pouco
de tempo em estado puro"</i>. Porque essa inversão? Por que aquilo que
esta fora do tempo põe a seu dispor o tempo puro? É que, por essa simultaneidade
que fez juntarem-se realmente o passo de Veneza e o passo de Guermantes, o
então do passado e o aqui do presente, como dois agoras levados a se sobrepor,
pela conjunção desses dois presentes que abolem o tempo, Proust teve também a
experiência incomparável, única, da estase do tempo. Viver a abolição do tempo,
viver esse movimento, rápido como um "raio", pelo qual dois
instantes, infimamente separados, vêm (pouco a pouco, embora imediatamente) ao
encontro um do outro, unido-se como duas presenças que, pela metamorfose do
desejo, se identificassem, é percorre toda a realidade do tempo e,
percorrendo-a, experimentar o tempo como espaço e lugar vazio, isto é livre dos
acontecimentos que geralmente o preenchem. Tempo puro, sem acontecimentos,
vacância móvel, distância agitada, espaço interior em devir onde as estases do
tempo se dispõem numa simultaneidade fascinante, o que é tudo isso, afinal? É o
próprio tempo da narrativa, o tempo que não esta fora do tempo, mas que se
experimenta como um exterior, sob a forma de um espaço, esse espaço imaginário
onde a arte encontra e dispõe seus recursos.</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">1. Trata-se,
naturalmente, para Proust e na linguagem de Proust , de um fato psicológico, de
uma sensação, como ele diz.<o:p></o:p></span></div>
</div>Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-1183786402314291092011-04-19T15:48:00.000-05:002011-04-19T15:49:13.385-05:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpij4byWcFb7llcBRAL3_Ns8r_sE8ec_Pfz76FnoWfKEvnvOBm2Eom-eqzlgJn95BEIvPz0EQUl8o-ltX1MnT0pnHK7cg77xZHc_a9AqeDkTv8qsgecHp5hencqWzli0JtR84Tfm1aEYU/s1600/4505973030_b2a18630bc_b.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 268px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpij4byWcFb7llcBRAL3_Ns8r_sE8ec_Pfz76FnoWfKEvnvOBm2Eom-eqzlgJn95BEIvPz0EQUl8o-ltX1MnT0pnHK7cg77xZHc_a9AqeDkTv8qsgecHp5hencqWzli0JtR84Tfm1aEYU/s400/4505973030_b2a18630bc_b.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597399580350903186" /></a>Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-80409018997617830772010-07-27T18:30:00.001-05:002010-07-27T18:30:21.400-05:00" é quando de um pássaro, suas raízes no ar."Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-92088544595139246802010-01-29T13:02:00.018-05:002011-04-19T19:30:30.070-05:00Forte ApacheDeitei no banco de madeira próximo ao chão e a meia-distância das vozes só para me acomodar naquela praça que era mais minha que as outras , ali onde o cerrado assaz me habitava quando os dias se iam secos, que assim como aquelas árvores que se alongavam para os subterrâneos, eu também me enfiava para dentro da terra, desenvolvendo meu ser ate encostar com a ponta do dedo no lençol profundo e beber muita água.<br />.<br />.<br />.<br />.<br /><br />Quando as nuvens protegiam o olho um vento quente passava entre as copas, coisa que entendiam os braços, quase pausados, sustentando-se cheios de substância viva.Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-75657497079376780272009-12-08T19:14:00.001-05:002010-01-21T08:37:51.272-05:00estudo sobre os andarilhos falado em manuelezQuanto tempo o andarilho pode permanecer em suas condições humanas, antes de se adquirir do chão a modo de um sapo? <br />Antes mesmo de ser apropriado por relentos como os lagartos. <br />Ate onde o isolamento transforma a relação desse homem com suas chuvas?<br />Qual será o momento em que esse homem começa a adivinhar?Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-56477176357029920952009-08-13T20:09:00.005-05:002011-05-07T20:01:54.167-05:00Jardins florescem debaixo das águas do marUmwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-16387761739882553312009-06-18T21:52:00.011-05:002011-05-07T19:58:26.495-05:00mimesisQuando ela foi ao Haiti tingiu o cabelo e fez permanente<br />
Sua tranquilidade sorriu<br />
Enfiou as mãos no interior de qualquer coisa de forte <br />
Nunca mais tirouUmwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-46242428330006889002009-06-10T11:52:00.021-05:002011-05-07T19:59:13.369-05:00a gente não vê quando vira urubu ou Zapata's Boots<div align="left"><span style="font-family:arial;"><br />
queria colocar só assim: uma música do tommy guerrero.<br />
Ventos e maçãs do rosto.<br />
Que pra chegar a ponte inacabada e se beirar la em cima antes foi preciso um verão amarrotado e alguém que habitasse as velocidades da bicicleta e ainda assim que a semana fosse apenas um dia...<br />
e subidos ali, os braços em torno dos joelhos, o laço do tempo pegou-os pela nuca.<br />
Tudo amoleceu e se tornou irremediavelmente fundido.<br />
Quem desceu antes puxou um dos fios daquela costura invisível que se estendia entre eles e o mundo.<br />
Entre ela e o ar.<br />
<br />
Foi assim depois que me vi pela primeira vez dançando nas tuas pernas.</span></div>Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-58866569108678207112009-06-02T10:54:00.002-05:002011-04-19T12:35:37.625-05:00o sentido de continuidadeExiste o espaço interno (orgânico) e o espaço externo e ainda muitos outros lugares intermediários <br /><br />e gosto, porque no des-contínuo me dão os olhos amarelos de um felino<br /><br />na eminência do salto;<br /><br />pequenas porções de exterioridade que encaixo as tantas, <br /><br />nos ombros.Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-76360530204906287582009-05-20T20:59:00.001-05:002009-06-10T16:32:58.717-05:00noh<span style="font-family:verdana;">"pisou macio com esperteza gravitacional"</span>Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-69225393797742963662009-05-20T20:51:00.000-05:002009-05-20T20:52:26.841-05:00green grassPassei a tarde a andar com um bilhete entre os dedos por uma caminhada provavelmente eventual; de perto vertical, ate que um topo de morro revelou as curvas de um movimento verde ondulado em abuso de beleza e um céu extenso dilatado, fácil de se sentar e enfiar os olhos bem no fundo daquela presença de efeito atmosférico, que do bilhete dobrado moveram-se palavras em bandos pelo ar ate a linguagem toda revelar o seu lado de fora, palavras-sopro, soltas pendiam fora das normas sintáticas, quando assim uma nova língua nasceu da língua e se acumulou embaixo da minha casca.Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-51213874513426410152009-05-05T23:09:00.005-05:002011-05-07T19:55:29.690-05:00de algum dia, qualquer diaDeu-lhe um punhado de palavras que não devagar circularam através dela e se dissolveram onde um baixar de cílios; tal, de tarde entre veículos, e aquilo forte que ele sentia ia nela virando tristeza, de se sentir do tamanho dos seus erros, que os dois, de dois, se iam vivos e à beira se dando as costas estando bem ali.<br />
E querer dizer ela queria, mas podia só um silêncio feroz, ate tudo o que os mantinham perto um do outro perder sua força de evidência.<br />
Veio abrupta aquela distância infinita que de mais em mais ampliava a vontade de chegar muito próximo, depois que uma barbatana se levantou fora da água para quebrar o silêncio, transpondo dentro do gesto no encontro com o mar, a abertura, para depois dormirem muito, de dois numa cama de um.<br />
<br />
*<br />
acabou por apoiar-se nos lábios dele, ao lado de uma baleia.Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-51715792560700502412009-04-26T19:57:00.001-05:002009-06-10T16:35:27.161-05:00;<span style="font-family:arial;">A árvore modela o vento¨</span>Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-90402652505445119022009-04-26T19:27:00.007-05:002011-05-07T19:54:42.187-05:00a quarta pessoa do singular"E ele é o olho louco da quarta pessoa do singular<br />
da qual ninguém fala<br />
e ele é a voz da quarta pessoa do singular<br />
pela qual ninguém fala<br />
e que todavia existe"Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-66472608965298077692009-04-26T19:18:00.001-05:002011-04-19T12:32:53.127-05:00ausente, o céuNão muito longe, por uma rua, um carro passa onde já vai dia. sabe-se disso por meio de vagos ruídos, que vão de som a som, nítidos, dispersos percorrendo o bifurcar dos caminhos ate atingir este ponto. Não há como saber qual a distância que estamos, ao menos que se pudesse contar os entrepostos. Depois que todos não puderam mais ignorar a tristeza deserta de um céu sempre ausente partiram em retiro restando uma crescida árvore verde onde o pensamento pudesse se perder, posto desarmado, na ponta do gesto e da palavra.<br /><br />revista inFLUXUmwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-61892737266004254782009-04-23T11:33:00.002-05:002009-06-10T17:32:05.404-05:00on parle<span style="font-family:verdana;font-size:130%;">"A literatura só se afirma descobrindo sob as pessoas aparentes a força de um impessoal que não é de modo algum uma generalidade, mas uma singularidade no mais alto grau: um homem, uma mulher, um animal, um ventre, uma criança. A literatura só começa quando nasce em nós uma terceira pessoa que nos despoja do poder de dizer eu".</span>Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-60114114788883713142009-03-27T20:22:00.000-05:002009-06-02T15:32:05.022-05:00feito devir animal<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_dSGI4qQdCMQGOdP1HhayIkP6V-q6OswG2OLac0g9OtVAsg12KCzWx9NwdPMdVz-v0uOuY2xRCmd9NcpClYJwIrKJ_whzXI_-w3Ue_7yr5HAm7vFvwOGV0sAuEtwb1veh01eNcndUVMY/s1600-h/43-2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 265px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_dSGI4qQdCMQGOdP1HhayIkP6V-q6OswG2OLac0g9OtVAsg12KCzWx9NwdPMdVz-v0uOuY2xRCmd9NcpClYJwIrKJ_whzXI_-w3Ue_7yr5HAm7vFvwOGV0sAuEtwb1veh01eNcndUVMY/s400/43-2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5342830715746351570" /></a><br /><br /><br />As ligações nas despesas e nas saídas produzem a cada dia fios de novas ligações. Em algum canto obscuro foi se constituindo pequena, talvez um pano esticado no chão ou uma tábua abandonada posta sobre duas latas velhas como alguma coisa que tem o nascimento justo onde o risco começa. Sem que ninguém a solicitasse foi adquirindo cheiro de ser vivo, crescendo por destroços. Durante o dia imóvel e sobretudo à espreita; desmembrada e invisível durante a noite para reaparecer em outra parte pelas manhãs, sem roteiro. Feita do extremo, desobedeceu às ordens das leis e por aptidão e muitos nervos fez do pressentimento a regra e a arma para desenhar uma guerra sem combate que lhe permitisse cuidar muito de si e dar conta de sua natureza faminta. <br /><br />Revista inFLUXUmwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-32640057136987155502009-03-03T23:27:00.001-05:002009-03-03T23:32:30.684-05:00devorando quixote<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLQ1vTOoS3w_FUaXmqq0Tzz-Qsw9DGGy2CKVOnMvMizVbHBewKYYYgEtUcvarrMo5kAkx7fGMWsAujO4CxtKnRcwqHOyd-_nET_iAnifXCHTPzVAaHgSl5EAWGVfkUtqJAurEYyMFC1Qw/s1600-h/2959830865_73bf209635_o.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 268px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLQ1vTOoS3w_FUaXmqq0Tzz-Qsw9DGGy2CKVOnMvMizVbHBewKYYYgEtUcvarrMo5kAkx7fGMWsAujO4CxtKnRcwqHOyd-_nET_iAnifXCHTPzVAaHgSl5EAWGVfkUtqJAurEYyMFC1Qw/s400/2959830865_73bf209635_o.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309184690854063890" /></a><br />sesi araraquara, outubro no 2008.<br /><br /><br />... não era uma presa do sério e escapou brusca daqui por brincadeira; mas trazia no bolso escondido um pedaço de papel anotado duas datas-limite.<br />Pressentiu (e temeu) que o negro se adiantasse, e para curtir o curto subtraiu peso do mundo, desmanchou os detalhes sem abater os olhos, para viver e inventar, chorando e rindo tranquilamente, brincando com o que via. E num desejo indeterminado e imenso transformou ele na tela protetora que a mantinha a distância das coisas do mundo externo, pois que ele lhe era devotado da mesma maneira que o quarto para que ela não fosse um processo abortado, defeituoso, um formato cheio de esvaziado mais sim uma quente potência que rebaixada se revelava.<br />Aproximou-se, até o espanto, para continuar se movendo no nascimento. <br /><br /><br />Acorda Alice!Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5288848674992083325.post-23561656981055910632009-03-03T22:30:00.000-05:002009-06-02T10:50:27.277-05:00nascer pelas manhãs<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA8WNpK0M9R96AATK_NPNjBoHDQBB6AojT6YLNrUIqWba7UipGOe3mxFySNN2T3obP6pi7eQTcK3-1UpDpzPbzosamwWNkAJsGt5sbnaIfiqOY3ZUbE8r05h6Jz54e0dUYyhKnJmlAdx4/s1600-h/coqui.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 261px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA8WNpK0M9R96AATK_NPNjBoHDQBB6AojT6YLNrUIqWba7UipGOe3mxFySNN2T3obP6pi7eQTcK3-1UpDpzPbzosamwWNkAJsGt5sbnaIfiqOY3ZUbE8r05h6Jz54e0dUYyhKnJmlAdx4/s400/coqui.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5342758147057189074" /></a><br /><br /><br />As imagens da cidade vão passando só espessura no olho que atinge o seu melhor quando sob ampliamento dos óculos que na face se sente. Não trazia mais no bolso do vestido as anotações que marcavam os seus pagos, pois que há muito tempo se tinha ido o uso desses métodos de papel. Acreditava-se pertencida a uma família de católicos, mas já naquela época o catecismo andava em desregra, relaxado de suas obrigações. Mas da família ainda era impossível receber conselhos sem que em imediatamente eles ganhassem sentido. Com vagar, foi aprendendo a grande medida do silêncio e a se organizar em formas cada vez mais calmas, mais firmes que a própria terra, mesmo quando vozes anunciavam doenças. Em meio a esta cidade, de temperamento invernal, suspeita a chegada do momento de atingir a própria cinza e que mesmo nesta vida grisalhante gostaria de continuar sempre nascendo debaixo da camisa da pele.<br /><br /><br /><br />Revista inFLUX<blockquote></blockquote><blockquote></blockquote>Umwelt .j.http://www.blogger.com/profile/03755152133517095415noreply@blogger.com