domingo, 26 de abril de 2009

ausente, o céu

Não muito longe, por uma rua, um carro passa onde já vai dia. sabe-se disso por meio de vagos ruídos, que vão de som a som, nítidos, dispersos percorrendo o bifurcar dos caminhos ate atingir este ponto. Não há como saber qual a distância que estamos, ao menos que se pudesse contar os entrepostos. Depois que todos não puderam mais ignorar a tristeza deserta de um céu sempre ausente partiram em retiro restando uma crescida árvore verde onde o pensamento pudesse se perder, posto desarmado, na ponta do gesto e da palavra.

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