terça-feira, 5 de maio de 2009

de algum dia, qualquer dia

Deu-lhe um punhado de palavras que não devagar circularam através dela e se dissolveram onde um baixar de cílios; tal, de tarde entre veículos, e aquilo forte que ele sentia ia nela virando tristeza, de se sentir do tamanho dos seus erros, que os dois, de dois, se iam vivos e à beira se dando as costas estando bem ali.
E querer dizer ela queria, mas podia só um silêncio feroz, ate tudo o que os mantinham perto um do outro perder sua força de evidência.
Veio abrupta aquela distância infinita que de mais em mais ampliava a vontade de chegar muito próximo, depois que uma barbatana se levantou fora da água para quebrar o silêncio, transpondo dentro do gesto no encontro com o mar, a abertura, para depois dormirem muito, de dois numa cama de um.

*
acabou por apoiar-se nos lábios dele, ao lado de uma baleia.