terça-feira, 3 de março de 2009

devorando quixote


sesi araraquara, outubro no 2008.


... não era uma presa do sério e escapou brusca daqui por brincadeira; mas trazia no bolso escondido um pedaço de papel anotado duas datas-limite.
Pressentiu (e temeu) que o negro se adiantasse, e para curtir o curto subtraiu peso do mundo, desmanchou os detalhes sem abater os olhos, para viver e inventar, chorando e rindo tranquilamente, brincando com o que via. E num desejo indeterminado e imenso transformou ele na tela protetora que a mantinha a distância das coisas do mundo externo, pois que ele lhe era devotado da mesma maneira que o quarto para que ela não fosse um processo abortado, defeituoso, um formato cheio de esvaziado mais sim uma quente potência que rebaixada se revelava.
Aproximou-se, até o espanto, para continuar se movendo no nascimento.


Acorda Alice!